Postado por marceloamaral em 25/out/2018 - Sem Comentários
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Apresentação geral do Fórum
No mundo inteiro, novas formas de organização da alimentação aparecem. Em paralelo às cadeias alimentares globalizadas, elas fazem a ligação entre o que comem os habitantes de um território e os alimentos produzidos e transformados nesse mesmo território. Em 2016, Brasileiros e Franceses comparam as suas praticas para sistemas alimentares territoriais, principalmente baseados em circuitos curtos. Produtores, consumidores, políticos eleitos, especialistas e pesquisadores se juntaram em Pinheiral. Mostraram que o consumo local da alimentação é principalmente apoiado pelos poderes públicos no Brasil, em quanto, na França, são as iniciativas da sociedade civil organizada que fazem evoluir o sistema alimentar. Dois anos depois, voltar a encontrar essa diversidade de atores para aprofundar os vínculos e o tema é necessário. A Prefeitura de Volta Redonda e a UFF aceitaram com muito entusiasmo fazer parte da organização desse novo fórum com o tema “alimentação, agua e bens comuns”. Esses bens comuns, que utilizamos todos sem que ninguém seja o dono, são, por exemplo, a agua, o ar, a biodiversidade, o patrimônio culinário. Os solos ou a justiça social são considerados também como bens comuns e tem vínculos próximos com a alimentação, pois os modos de produção agrícola ou de transformação podem proteger ou ameaça-los. Esses temas serão debatidos do 28 ao 30 de novembro em Volta Redonda. Com a participação de parceiros do Burkina Faso, que gostariam de organizar um evento parecido no seu país em 2019.
28 de novembro de 2018 (Quinta-Feira)
13h: Credenciamento
15h: Abertura Oficial – Prefeitura VR, UFF, embaixada, MST/parceria, régions du Burkina, Terralim
16h: Filme CEBR (Sindicato da agua da cidade de Rennes e região)
16h15min: Palestra Inaugural I: Bens Comuns
O conceito “bens comuns” está sendo cada vez mais utilizado. Mas concretamente, o que é um Bem Comum? Por que a alimentação tem uma influência sobre a qualidade e a disponibilidade deles?
17h: Palestra Inaugural II: Sistemas Alimentares
A alimentação de um território com milhares de habitantes não é somente a soma dos comportamentos individuais desses habitantes. É um sistema organizado, nem sempre da melhor forma, definido por uma multidão de atores que interagem: produtores, consumidores, transformadores, comerciantes, representantes políticos, educadores etc…
29 de Novembro de 2018 (Sexta-Feira)
9h: Mesa Redonda I: Cadeias Internacionais/Locais
Um sistema alimentar local tem regras e modos de funcionamento muito diferentes do sistema alimentar globalizado/ Como pode ser organizado? Quem pode e deve contribuir? Para quais benefícios? Com quais dificuldades?
10h: Mesa Redonda II: Soberania Alimentar
O conceito de Soberania Alimentar tem como base o fato que todos os povos têm o direito de decidir sobre a organização do Sistema Alimentar que lhes convém. É um conceito muito utilizado a nível mundial. Como esse conceito pode se aplicar à escala local? Como articular decisões locais e nacionais?
10h45min: Coffee Break
11h: Mesa redonda III: Preservação dos Bens comuns
Preservar os bens comuns não é somente uma filosofia. E também um conjunto de praticas, mais ou menos eficientes e sustentáveis, que são desenvolvidas por uma multidão de atores.
12h: Almoço
(Parte da tarde)
Rodas de Conversa:
• Recursos Hídricos:
A agua é o reflexo das praticas agrícolas. A sua qualidade pode ser ameaçada por fertilizantes ou agrotóxicos. A agricultura via irrigação, é o maior consumidor de agua. Como organizar o nosso sistema alimentar para garantir uma agua de qualidade suficiente para todos, com o menor custo econômico e social?
• Terra e Solos:
A terra nutre toda a humanidade. Por isso, movimentos sociais no Brasil, no Burkina Faso e na França propõem de considera-las como um bem comum a compartilhar hoje e a preservando para as gerações futuras. Um desafio para a sociedade como um todo e não somente os agricultores.
• Biodiversidade:
As interações entre as nossas formas de nos alimentar e a biodiversidade são múltiplas. Com a mudança climática, as vantagens de uma biodiversidade cultivada adaptada às condições locais são mais importantes que nunca. A biodiversidade selvagem também pode ser um aliado para nutrir os Homens e ser protegida por práticas agrícolas de qualidade.
• Cultura alimentar / IGP (Indicação Geográfica Protegida):
As culturas alimentares locais são o fruto de séculos de historia. O que eu como, como, quando, com quem e parte integrante da minha forma de ver o mundo. As indicações geográficas têm como objetivo proteger produtos, modos de produções e de transformação reveladores de identidades profundas.
• Desperdício:
Estima-se que mais de um terço da alimentação potencialmente disponível é desperdiçada. Com efeitos negativos imediatos no meio ambiente e no clima. Como reduzir esse desperdício? Todos os atores da cadeia alimentar tem um papel fundamental.
• Democratização alimentar e saúde:
As nossas formas de nos alimentar não depende somente da nossa cultura individual. A epidemia de obesidade atinge em primeiro lugar as categorias mais pobres. A democracia alimentar, que permite a cada um de expressar as suas escolhas, é uma ferramenta para promover mais justiça social.
• Circuitos Curtos no Médio Paraíba:
Venham conhecer a pluralidade de atores e riqueza das iniciativas de alimentação local em Volta Redonda e no Médio Paraíba.
(Parte da noite)
Cocktail de Lançamento:
Instituto Kairós e RESOLIS: “100 iniciativas de alimentação solidaria e sustentavel no Brésil””
Julian Perez, Moacir Darolt, Gilles Maréchal “Abastecimento Alimentar: Redes Alternativas e Mercados Institucionais”
30 de Novembro de 2018 (Sábado)
Manhã: Relato das oficinas: Apresentação dos Resultados
Trabalho. Declaração Final.
Tarde:
Declaração Final
Fórum 2019
Encerramento
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HCS 2025
